domingo, 6 de novembro de 2011

Ser Carioca♥



Ser carioca é estar sempre de bem com a vida. É estar em paz com o mundo. É um estado do espírito.

Ser carioca é sentir na boca um gosto insípido de segunda-feira.

Ser carioca é sair para o trabalho com um samba na alma. É pensar na morena, na mulata e na sexta-feira que vem.
Ser carioca é dormir bem tarde, só pra não ter que acordar cedo.

Ser carioca é comer feijoada; é falar de política; é ser fã do Drummond. É flertar com a lua, sendo amante do sol.

Ser carioca é brincar com cachorro, é gostar de criança, é gostar de verão. É um jeito de fazer poesia com a vida.

Ser carioca é o papo com o amigo, regado a chopinho. É ver a gíria da esquina na novela das oito. Ser carioca é estar no front da vida.

É dar bom dia para a vida, é ser Mangueira, é ser Portela, é ser Salgueiro.

Ser carioca é receber um paterno abraço do Cristo Redentor sempre que estiver sob sua égide protetora.

Ser carioca é cultuar a praia e o amor à natureza. É brigar pelo índio.
Ser carioca é gostar do turista, é cobrar os direitos humanos, é não gostar de poluição. É zelar pela paz interior e rezar pela paz no mundo.

Ser carioca é a ginga no corpo, a malícia no andar e o batuque na mão.

Ser carioca é gostar de dormir, é gostar de sonhar. É a “fezinha no bicho” para a realização de um sonho ainda maior.

Ser carioca é a coisa mais linda, mais cheia de graça, é ser carinhoso, é ser um chorão. É venerar o Vinícius, é louvar Pixinguinha.






Ser carioca é essencial.







Carioca, Coisa de Carioca, História do Rio♥


A história do Biscoito O Globo

Feijoada? Que nada, o verdadeiro prato ícone carioca é o Biscoito Globo. Feijoada você consegue comer em qualquer lugar do mundo, mas o Biscoito O Globo só no Rio de Janeiro mesmo. É parte da cultura carioca e o vendedor deles da paisagem carioca.

Seja na praia ou no engarrafamento. Inclusive, no texto sobre “Ser Carioca” fala do biscoito:
Usar os engarrafamentos para comprar biscoito Globo e apreciar a paisagem.
E até nos “Momentos Históricos do Rio de Janeiro” compilados pela Veja Rio, está lá o Biscoito Globo. No texto “Carioquices” do André Delacaerda, também está lá. Até item de decoração já é…
De acordo com o site do Biscoito Globo, a história teve início no ano de 1953 quando os irmãos Milton, Jaime e João Ponce, em virtude da separação dos pais, foram morar com um primo que possuía uma padaria no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Os irmãos aprenderam a fazer biscoitos de polvilho com o primo, os quais eram vendidos nas ruas da capital paulista.
Em 1954, aproveitando o grande contingente de um congresso eucarístico no Rio de Janeiro, os irmãos Ponce resolveram vender seus biscoitos na capital carioca. Com base no sucesso das vendas os irmãos Ponce anteviram que, dadas as características do biscoito, o Rio de Janeiro seria o mercado ideal para seu produto.
O biscoito de polvilho foi batizado com o nome Globo, homônimo à padaria para a qual foram contratados, localizada em Botafogo. Iniciava-se então a história dos famosos biscoitos de polvilho. O ano era 1955 e os biscoitos eram vendidos nesta padaria e em mais sete outras, dos mesmos proprietários.
Notando a grande demanda pelo biscoitos, os irmãos Ponce passaram a vender o produto para outras redes de padarias e em 1963 formaram sociedade com um português, expert em pães, o Sr. Francisco Nunes Torrão, que se mantém até hoje. Esta nova empresa foi denominada oficialmente Panificação Mandarino Ltda.

Até Quando? Gabriel O Pensador

Até Quando?


Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
muda que o medo é um modo de fazer censura
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!
A polícia
Matou o estudante
Falou que era bandido
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!
A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!
Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada